domingo, 11 de julho de 2010

A passagem da democracia política à social
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Sex, 09 de Julho de 2010 00:00

No Blog do Emir

O Brasil entrou, provavelmente de forma irreversível, em um processo de democratização social, que tanta falta faz ao país mais desigual do continente mais desigual do mundo.

Tivemos a democratização política, sem democratização das estruturas de poder que se consolidaram justamente durante a ditadura - o monopólio do sistema financeiro, o monopólio da terra, o monopólio dos meios de comunicação, entre outros.

Os programas sociais que estão, pela primeira vez, alterando a desigualdade estrutural que o Brasil arrasta ao longo dos séculos, permitem o acesso a bens elementares à imensa massa pobre do país, elevando seu nível de renda e seu nível de vida.

A maioria da população já não está situada nos dois grupos mais baixos na distribuição de renda, mas no grupo intermediário.

Não significa que passamos a ser um país de classe, majoritariamente de setores médios, embora o poder aquisitivo da população de menor renda tenha melhorado significativamente.

Mas arrastamos tanta miséria, que as condições de moradia, de saneamento básico, de transporte, de educação e saúde pública, ainda são muito precárias.

Fatores estruturais que produzem essas condições sociais têm que ser transformados para que seja possível dar continuidade, aprofundar o início das mudanças sociais do governo atual e gerar as condições estruturais de uma sociedade justa e solidária.

Monopólios como os do dinheiro - coma hegemonia do capital financeiro -, da terra - como o predomínio dos agronegócios no campo -, da palavra - com a falta de democracia na construção da opinião pública.

As transformações sociais foram possíveis porque o modelo econômico atual está imbricado com a distribuição de renda e com a extensão acelerada do mercado interno de consumo popular.

A continuidade e aprofundamento dessa política coloca, além dessas questões, a de promover a cidadania política desses milhões de brasileiros que conquistam seus direitos econômicos e sociais.

O governo faz sua parte, a de formular, colocar em prática e gerar as condições de continuidade dessas políticas econômicas e sociais.

Cabe ao movimento popular, às organizações sociais, culturais, às forças políticas, apoiar a essa nova maioria social, para que se organiza e se torne a nova maioria política do Brasil.

Assim teremos transitado de uma democracia política a uma democracia social.



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