sexta-feira, 18 de junho de 2010

O movimento sindical e o processo eleitoral de 2010
Artigos
Dom, 13 de Junho de 2010 23:23

Por Ângelo Lacerda Rocha*

O jornalista Marcos Verlaine, do DIAP, enumera em cinco os desafios do movimento sindical na atualidade, em especial para o ano de 2010: manter a unidade das centrais, disputar as eleições de 2010, superar as precariedades financeiras, incorporar jovens e mulheres e formar continuamente os dirigentes sindicais.

Nesse contexto algumas considerações devem ser feitas para que a afirmação venha a se tornar conseqüente, e que essa conseqüência seja favorável à classe trabalhadora.

A unidade na ação política materializada nas centrais de fato tem trazido alguns ganhos para classe trabalhadora ou evitando perda de algum direito ou até mesmo alguma flexibilização. Todavia, essa unidade deve se materializar nos outros desafios priorizados pelo jornalista.

O projeto nacional, que favorece o trabalhador e promove o desenvolvimento com valorização do trabalho passa pela vitória de Dilma Roussef. Também é necessário entender que em momento algum a vitória de Dilma representa pura e simplesmente a continuidade do governo do presidente Lula, mas sim o avanço de um projeto em favor da classe trabalhadora desse país e esse deve ser o principal foco do movimento sindical.

Entretanto esse foco por vez tem sido desviado por interesses regionais quando não, até ameaçado por interesses específicos de categoria em detrimento de um projeto maior.

O processo eleitoral de 2010 será de afirmação para a sociedade brasileira do melhor projeto para o esse pais, e que deverá ser confirmado nas urnas. O índice de aceitação do Presidente de Lula ao final do seu segundo mandato por si só não afirma o projeto que ele representa, o que vai realmente afirmar o que o povo brasileiro quer é a vitória de Dilma Roussef em outubro.

O povo brasileiro passou por oito anos de implantação do projeto Neoliberal e que custou muito ao país, depois experimentou um pais governado pelo presidente lula que ampliou os projetos sociais, investiu no ensino publico, fez uma política externa condizente com o tamanho do Brasil, dentre outros avanços.

Mas outros pontos são colocados por Verlaine e que merecem especial atenção do movimento sindical.

A questão que da união da classe trabalhadora se materializou na 2ª conferencia da classe trabalhadora realizada em São Paulo onde os trabalhadores puderam unificar as suas reivindicações para o próximo governo e ao mesmo tempo afirmar a sua convicção com o projeto nacional em implementação na era Lula. Foi abordado a necessidade de derrotar definitivamente os setores da elite conservadora, que lutam contra aos interesses dos trabalhadores em favorecimento do capital e a manutenção do seu status quo.

Um grande desafio e essencial para que o projeto da classe trabalhadora seja vitorioso é a ampliação da sua representação nas duas casas legislativas. A necessidade parte do principio que não basta ter um governo comprometido com os trabalhadores, mas sim um Estado comprometido com os interesses dos trabalhadores, e só se consegue isso com mudanças nas instituições. Nesse sentido eleger representantes em todas as esferas do governo é de extrema importância.

O desafio se torna maior á medida que o movimento sindical, pela legislação eleitoral, não pode financiar os seus candidatos, o que demonstra a desigualdade nessa luta, vez que os empresários além de poderem financiar seus representantes, ainda tem benesses tributarias. Portanto, a nossa luta passa pela militância forte e consciente da importância do seu papel no processo de mudança.

O jornalista dá especial importância a participação das mulheres e dos jovens nesse processo eleitora por vir, e não sem razão.

A mulher tem papel de fundamental importância no processo de desenvolvimento do país. Estão definitivamente inseridas no mercado de trabalho, entretanto sofrem com o processo discriminatório que se evidencia na nossa sociedade. Sofrem com salários abaixo do praticado para os homens, e ainda são vitimas maiores de assédios moral e sexual. São demandas que, ao contrario do que pensam alguns, não são especificas das mulheres e devem fazer parte de uma agenda positiva em busca de uma sociedade mais igualitária.

Nesse mesmo sentido, a participação dos jovens nos movimentos sociais e de crucial importância, e em especial no movimento sindical haja vista o numero de trabalhadores jovens entrando no mercado de trabalho em função dos índices de crescimento que o país tem apresentado nos últimos anos. Portanto, necessário se faz uma abertura que torne possível o jovem inserir mais efetivamente no movimento sindical.

Enfim, a batalha está posta. O movimento sindical tem que efetivamente "comprar a briga", sair as ruas, mostrar a sua força, conscientizar os trabalhadores e ganhar as eleições.

Saudações classistas.

(*) Diretor regional do Leste Mineiro do Saae-MG e também da Contee. Publicado originalmente na página da Contee

quinta-feira, 17 de junho de 2010

A Eletrosul vai começar, amanhã, a construção do seu primeiro complexo gerador de energia eólica, localizado na cidade de Sant'Ana do Livramento, sudoeste do Rio Grande do Sul.
No Complexo Eólico Cerro Chato, como será chamado, serão investidos cerca de R$ 400 milhões e a obra é resultado de uma parceria formada pela Eletrosul (com 90%) e pela empresa Wobben (10%), subsidiária no Brasil da alemã Enercon, líder mundial na produção de tecnologia para aerogeradores.
As duas empresas constituíram a Eólica Cerro Chato S/A, responsável pela implantação, manutenção e operação das usinas. O empreendimento, que faz parte do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC 2), é formado por três parques eólicos de 30 megawatts (MW) cada e 45 aerogeradores, com torres de 108 metros de altura. A estrutura das torres será feita de concreto, com início de montagem previsto para janeiro de 2011.
A usina contará, ainda, com uma subestação coletora em 230 quilovolts (kV) e uma linha de transmissão que levará a energia produzida até a Subestação Livramento 2, da Companhia Estadual de Energia Elétrica do Rio Grande do Sul, a partir da qual será
distribuída para o Sistema Interligado Nacional.
"O prazo para entrada em operação comercial das três usinas é julho de 2012", explica o diretor de Engenharia e Operação da Eletrosul, Ronaldo dos Santos Custódio.
Os contratos firmados serão válidos por 20 anos, com uma previsão anual de receita permitida de R$ 38,9 milhões.

SETORIAL NEWS

terça-feira, 15 de junho de 2010


Escrito por Blog do Emir   
11/06/2010
Assim se desmoralizam as Nações Unidas

 

A ONU nasceu, no segundo pós-guerrra, para administrar o mundo conforme os interesses e as visões das potências vencedoras na guerra. Embora aparecesse como um instrumento de democratização nas relações políticas internacionais – de que a existência da Assembléia Geral é a expressão mais direta -, ela reproduziu as relações de poder existentes no mundo, ao depositar em um Conselho de Segurança o poder real da organização.

 

Composto pelos quatro países vencedores da Segunda Guerra como seus membros permanentes, – EUA, Inglaterra, França, Rússia, aos que se acrescentou a China, ao se tornar potência nuclear a normalizar suas relações com os EUA -, que detêm poder de veto – a que basta um voto contra – sobre qualquer decisão que tome a Assembléia Geral.

 

Significativas são as decisões anuais de fim do bloqueio norteamericano sobre Cuba e de retirada das tropas israelenses dos territórios palestinos, para que se funde um Estado palestino, que são reiteradamente aprovadas por esmagadora maioria, contra o voto dos EUA, de Israel e de algum país exótico, às vezes. Mas basta o poder de veto dos EUA, para inviabilizar sua aprovação.

 

Sem ir muito longe no tempo, - quando a ONU foi instrumento das potências ocidentais na guerra fria – recordemos apenas que os EUA e a Inglaterra não conseguiram maioria no Conselho de Segurança para invadir o Iraque, com alegações que rapidamente se revelaram falsas.

 

Ainda assim essas duas potências invadiram, destruíram o Iraque, onde se encontram até hoje, provocando centenas de milhares de mortos. Que punição adotou a ONU em relação a essa tremenda brutalidade, não apenas por ter sido tomada contra a posição da ONU, mas pelos massacres que produziu e segue produzindo, além da destruição de lugares históricos, da mais antiga civilização do mundo? Nem formalmente tomaram decisão alguma de punição.

 

É agora essa mesma instituição, - que tem no seu Conselho de Segurança, como membros permanentes, com poder de veto, às maiores potências bélicas, aos maiores fabricantes de armamentos do mundo, aqueles que abastecem a todos os conflitos bélicos existentes no mundo, a que se supõe que a ONU deveria tratar de que não existissem ou que os pacificasse -, aprova punições ao Irã sob suspeita de que esse país poderia chegar a fabricar armamento nuclear. Isso, depois dos governos do Brasil e da Turquia terem conseguido do governo do Irã as exigências que as próprias Nações Unidas haviam solicitado.

 

Uma instituição que nada faz para punir a Israel, que assumidamente possui armamento nuclear – com que ameaça, regularmente, de bombardear o Irã -, que ofereceu esse armamento à Africa do Sul na época dos governos racistas – conforme provas recentes de um livro, que publica documentos que deixam claro esse oferecimento, que ocupa violentamente os territórios palestinos. Não faz e atende as demandas de Israel de que o Irã seja punido.

 

Uma decisão promovida pela maior potência bélica da história da humanidade, que possui bases militares em mais de 150 países, que foi o único pais que atirou bombas atômicas sobre outro – em Hiroshima e Nagasaki -, matando milhões de pessoas, que tem um histórico de agressões, invasões – como até hoje ocorre também no Afeganistão, com aprovação da ONU -, de golpes militares, de assassinatos de mandatários de países estrangeiros, de guerras, invasões e ocupações de outros países.

Essa instituição, hegemonizada por essa potência, aprovou sanções contra o Irã, depois de deixar impune a todos os atos de agressão militar dos EUA, cujo arsenal de guerra não deixa de se aperfeiçoar e se multiplicar. O que esperar de uma instituição assim, controlada pelas potências que protagonizaram as grandes guerras e seguem com seu papel imperialista, contra a grande maioria dos países do mundo? Por que não submetem essa decisão à Assembléia Geral, para constatar a reação de todos os governos do mundo, vítimas da dominação imperial dessas potências bélicas que, como disse Lula, necessitam inimigos, a quem diabolizar, para tentar evitar que sejam elas mesmas julgadas e condenadas como as maiores responsáveis pelas guerras que ainda assolam o mundo, fomentadas por elas mesmas.

 

WWW.cartamaior.com.br


sexta-feira, 11 de junho de 2010


A FUP e petroleiros permanecem em Brasília para acompanhar as votações no Senado dos projetos de lei que alteram o modelo de exploração e produção do pré-sal.

fupsenadoa.jpgA direção da FUP e representantes de várias delegações de petroleiros que participaram da II Plenafup permaneceram em Brasília para acompanhar as votações no Senado dos projetos de lei do Executivo que alteram o modelo de exploração e produção do pré-sal. A Federação cobra a aprovação do Projeto de Lei 531/2009, que restabelece o monopólio estatal sobre a indústria de petróleo e está em tramitação no Senado desde o ano passado. O PL 531/09 foi construído em conjunto com os movimentos sociais e garante também a transformação da Petrobrás em uma empresa 100% pública e estatal, assim como a destinação social das riquezas geradas pelo petróleo. Outra frente de luta dos petroleiros durante a votação dos projetos do governo é impedir a entrega ao setor privado dos campos de produção terrestre operados pela Petrobrás, como defendem alguns parlamentares.

Nesta quarta-feira, 09, está prevista a votação no Senado do PLC 7/10, que cria o Fundo Social a ser formado com recursos do pré-sal. O projeto do governo deverá ser apresentado com uma emenda que trata da mudança do regime de exploração, que atualmente é de concessão, para o de partilha. Isso forçaria o PLC 16/10 (que cria o regime de partilha) a retornar à Câmara dos Deputados. A FUP acompanha a votação, junto com militantes do MST e o movimento estudantil, que garantiu uma emenda no relatório, propondo que 50% do recursos do fundo social sejam destinados para a educação. A emenda de número 5 foi proposta pela UNE, UBES e pela Associação Nacional de Pós- Graduando (ANPG).

A mobilização dos petroleiros no Senado será intensificada também durante a votação do projeto que trata da capitalização da Petrobrás (PLC 8/10), que também está prevista para esta quarta-feira, 09. A FUP e seus sindicatos garantiram através do senador Paulo Paim (PT/RS) a apresentação da emenda número 01, que suprime a emenda sofrida pelo PLC na Câmara dos Deputados, a qual permite à Petrobrás devolver à União os campos terrestres de produção, como forma de ressarcimento no processo de capitalização.

Na próxima semana, provavelmente no dia 16, o Senado deverá analisar o projeto de lei do Executivo que cria a Petrosal.