sábado, 24 de abril de 2010

O Clarin. Até eles???

Ao que parece não são apenas os 76 ou 84% dos brasileiros que reconhecem ALGUMA MUDANÇA, em relação aos governos de até o final de 2002.

E não são representantes dos trabalhadores, muito menos PTistas que estão falando...

Falhas existem, muitas mesmo, mas quem quer enxergar, enxerga!!!...

Sds


Jornal argentino questiona posição de Serra sobre Mercosul

Ao qualificar o Mercosul como uma farsa, Serra parece desconhecer, diz o Clarín, que o grosso das exportações industriais do país tem como destinatários países da América Latina. "Segundo estatísticas oficiais, 90% das vendas de produtos manufaturados de Brasil no mundo ocorrem no Mercosul e em mercados latinoamericanos", lembra o jornal. As declarações do ex-governador de São Paulo surpreenderam negativamente várias lideranças latinoamericanas pelo desprezo revelado em relação aos demais países da região.

O jornal argentino Clarín questionou as declarações de José Serra, pré-candidato tucano à presidência da República, que classificou o Mercosul como uma "farsa" e "um obstáculo para que o Brasil faça seus próprios acordos individuais em comércio". As declarações foram feitas durante encontro de Serra com empresários na Federação de Indústrias de Minas Gerais (FIEMG). Serra disse ainda que "não tem sentido carregar o Mercosul" e que "a união aduaneira é uma farsa exceto quando serve para impor barreiras" ao Brasil.

As declarações do ex-governador de São Paulo surpreenderam negativamente várias lideranças latinoamericanas pelo desprezo que revelaram em relação ao processo de integração na América Latina. A sinalização de Serra foi clara: caso seja eleito, é o fim da integração.

As declarações do tucano, assinalou o Clarín, retomam teses já defendidas por ele quando foi derrotado por Lula em 2002. Essa visão, diz o jornal argentino, "supõe que o Brasil deva se afastar de Argentina, Paraguai e Uruguai, porque é a única maneira para seu país formar áreas de livre comércio com Estados Unidos e Europa, sem necessidade de "rastejar" diante de seus sócios". Uma resolução do Mercosul, lembrou o jornal, estabelece que nenhum dos países do bloco pode realizar acordos comerciais separadamente sem discutir com os demais.

O Clarín também ironizou algumas afirmações do tucano. Serra disse que, sob um eventual governo seu, o mais importante será aumentar as exportações. "O certo", diz o jornal", "é que essa foi uma conquista obtida por Lula: desde que iniciou seu governo, no dia 1° de janeiro de 2003, o presidente conseguiu passar de 50 bilhões de vendas ao exterior para 250 bilhões. Ou seja, quintuplicou a presença brasileira nos mercados mundiais".

Ao qualificar o Mercosul como uma farsa, Serra parece desconhecer, diz ainda o jornal, que o grosso das exportações industriais do país tem como destinatários países da América Latina. "Segundo estatísticas oficiais, 90% das vendas de produtos manufaturados de Brasil no mundo ocorrem no Mercosul e em mercados latinoamericanos", diz ainda a publicação Argentina, que conclui:

"O candidato socialdemocrata evitou dizer como pretende reformular a posição do Brasil. Mas ignora que não é simples passar, como pretende, de um mercado comum definido por uma unia aduaneira a uma simples zona de livre comércio como a que existe no NAFTA. Ele pode desde já conquistar o desprestígio regional, além de submeter-se a severas punições por conta da ruptura de contratos internacionais".


quinta-feira, 22 de abril de 2010


Serra sai do armário e defende fim do Mercosul e promete desmontar legado de Lula
Escrito por Ag.Carta Maior   
22-Apr-2010

O tucano Serra quer acabar com a participação do Brasil no Mercosul , não vai continuar com o PAC, pretende revisar os contratos federais e "rever o papel" do BNDES

O pré-candidato tucano à presidência da República, José Serra (PSDB) saiu do armário esta semana em Minas Gerais e, durante encontro com empresários prometeu desmontar o legado de Lula. O candidato do conservadorismo nativo afirmou o seguinte:

a) o PAC não existe –'é uma lista de obras'-- logo, não será continuado;

b) todos os contratos federais assinados durante o governo Lula serão revistos, logo, vai paralisar o Estado e o país;

c) o Mercosul só atrapalha; logo, vai desmontar a política externa que mudou a inserção subordinada e dependente do país herdada de FHC;

d) criticou a Funasa atual, logo, vai repetir o que fez quando foi ministro da Saúde de FHC, entre 1998 a 2002. E o que fez condensa em ponto pequeno o que promete agora repetir em escala amplificada, se for eleito.

Recuerdos pedagógicos:

I) Serra assumiu o ministério em 31 de março de 1998, em meio a uma epidemia de dengue; prometeu uma guerra das forças da saúde contra a doença;

II) iniciou então o desmonte que ameaça agora repetir;

III) primeiro, ignorou as linhas de ação e planos iniciados por seu antecessor, o médico Adib Jatene;

IV) em nome de uma descentralização atabalhoada, transferiu responsabilidades da FUNASA, Fundação Nacional de Saúde, o órgão executivo do ministério, para prefeituras despreparadas e sem sincronia na ação;

V) Em junho de 1999, Serra demitiu 5.792 agentes sanitários contratados pela FUNASA em regime temporário, acelerando o desmonte do órgão, em sintonia com a agenda do Estado mínimo;

VI) um mês depois, em 1º de julho de 1999, o procurador da República Rogério Nascimento pediu à Justiça o adiamento da dispensa dos 5.792 mata-mosquitos até que as prefeituras pudessem treinar pessoal; pedido ignorado por Serra.

VII) Em 5 de agosto de 1999, num despacho do processo dos mata-mosquitos, a juíza federal Lana Maria Fontes Regueira escreveu: "Estamos diante de uma situação de consequências catastróficas, haja vista a iminente ocorrência de dengue hemorrágica".

VIII) O epidemiologista Roberto Medronho, diretor do Núcleo de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro, completaria: '"A descentralização da saúde não foi feita de forma bem planejada. O afastamento dos mata-mosquitos no Rio foi uma atitude irresponsável"

IX) em abril de 2001, a Coordenação de Dengue do município do Rio previu uma epidemia no verão de 2002 com grande incidência de febre hemorrágica. A sugestão: contratar 1.500 agentes e comprar mais equipamentos de emergência; foi ignorada por Serra.

X) O ano de 2001 foi o primeiro em que os mata-mosquitos da Funasa, dispensados por Serra não atuaram . A dengue, então, voltou de forma fulminante no Rio: 68.438 pessoas infectadas, mais que o dobro das 32.382 de 1998, quando Serra assumiu o ministério.

XI) Em 2002, já candidato contra Lula, Serra era ovacionado em vários pontos do país aos gritos de 'Presidengue !'. Justa homenagem a sua devastadora atuação da saúde pública.

domingo, 18 de abril de 2010

     É assim que se muda o futuro do Brasil!
     Fazendo as coisas acontecer, acreditando na capacidade do povo e apostando na possibilidade de mudarmos o que os outros dizem que não sabemos e jamais saberemos fazer.
     Este é a estrutura do Brasil que mudou, a visão da capacidade de desenvolvermos aqui o que os outros dizem que deve ser feito lá fora! A estrutura e a infraestrutura estão chegando ao ponto em que teremos condições de desenvolvermos tecnologias próprias de construção e desenvolvimento de embarcações totalmente adaptadas às necessidades dos povo brasileiro.

     Vamos a luta! Pois nós podemos e, se não sabemos fazer ainda, vamos aprender...

 
     Primeiro navio do Promef será entregue em maio

     ESTRATÉGIA
     Segunda embarcação do programa será lançada ao mar ainda no primeiro semestre

     O primeiro navio do Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef) será lançado ao mar no dia 3 de maio, segundo informou a Petrobras. Este será o primeiro navio petroleiro construído no Brasil a ser entregue ao Sistema Petrobras
em mais de 13 anos.
     A embarcação do tipo Suezmax, com 274 metros de comprimento, foi construída pelo Estaleiro Atlântico Sul (EAS), em Pernambuco, e tem capacidade para transportar um milhão de barris de petróleo.
     Nas duas primeiras fases do programa, está prevista a construção de 49 navios no país, dos quais 33 já foram contratados. Os 16 restantes encontram-se em fase final de contratação. De acordo com a Petrobras, ainda neste primeiro semestre, será entregue o segundo navio do Promef, desta vez no Estaleiro Mauá, em Niterói (RJ).
     "O lançamento ao mar do primeiro navio do Promef é um fato histórico. Atravessamos uma verdadeira epopéia para chegarmos a esse ponto. Quando iniciamos o programa, a desconfiança era enorme. Mas este ano, com os primeiros navios sendo lançados, veremos a prova real do acerto e da força do Promef, que entra agora em uma nova etapa, inclusive porque já estamos trabalhando para lançar a sua terceira fase", afirmou o presidente da Transpetro, Sergio Machado.
     Depois de chegar a ser a segunda maior fabricante mundial nos anos 1970, a indústria naval brasileira praticamente desapareceu. A partir do lançamento do Promef, os estaleiros nacionais se modernizaram e novas unidades de produção, como o
Atlântico Sul, surgiram no país. Hoje, o Brasil já possui a quinta maior carteira de navios petroleiros do mundo. O programa já gerou 15 mil empregos diretos, que poderão chegar a 40 mil com a implantação da terceira fase.
     Embarcação do tipo Suezmax poderá transportar até 1 milhão de barris de petróleo

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Em audiência no Senado, FUP defende controle estatal do pré-sal e dos campos terrestres

Escrito por Imprensa da FUP   
14-Apr-2010

Em audiência pública, no Senado Federal, representantes  da FUP ressaltaram  a importância do controle estatal sobre a exploração e produção de petróleo e gás, assim como a sua destinação social

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 Foto - Ag.Senado

 

 

 

Em audiência pública nesta terça-feira, 13/04, no Senado Federal, o coordenador da FUP, João Antônio de Moraes, e o diretor da Federação, José Divanilton Pereira, voltaram a ressaltar a importância do controle estatal sobre a exploração e produção de petróleo e gás, assim como a sua destinação social. O debate teve como tema "A importância de destinar recursos do pré-sal para a Previdência Social" e reuniu dirigentes sindicais, senadores e o ministro da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas. A audiência pública foi convocada conjuntamente pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, que tem como presidente a senadora Rosalba Ciarlini (DEM/RN), e pela Subcomissão Permanente de Defesa do Emprego e da Previdência Social (CASEMP), cujo presidente é o senador Paulo Paim (PT/RS).

Os dirigentes da FUP enfocaram os principais pontos do projeto de lei construído pelos movimentos sociais, o PLC 531/2009, que foi apresentado ao Senado antes dos projetos do Executivo que regulamentam a extração e produção do pré-sal. Tanto Moraes, quanto Divanilton destacaram que o projeto dos trabalhadores vai muito além do que propõe o governo, pois prevê controle do Estado sobre todo o petróleo e gás do país, através da Petrobrás 100% pública, assim como a destinação social destes recursos, tendo como princípio a redução da pobreza. Os dirigentes da Federação ressaltaram que o fundo social soberano proposto pelos movimentos sociais destina os recursos excedentes do petróleo para áreas como educação, saúde, reforma agrária, habitação e demais políticas voltadas para a redução da desigualdade social.

Em defesa dos campos terrestres

A FUP também enfatizou na audiência pública a preocupação dos trabalhadores com as alterações que sofreram os projetos do governo para o pré-sal, durante a votação na Câmara dos Deputados. Nos projetos que dizem respeito à adoção do regime de partilha (PLC 16/2010) e à capitalização da Petrobrás (PLC 08/2010), as mudanças feitas pelos parlamentares colocam em risco os campos terrestres de produção de petróleo que hoje são operados pela Petrobrás. Se isso acontecer, haverá um prejuízo imenso para estados como Ceará, Bahia, Rio Grande do Norte, Sergipe, Alagoas, Amazonas, além do norte do Espírito Santo, que sofreriam um esvaziamento econômico, em função da retirada dos investimentos da Petrobrás nos campos terrestres. A FUP conclamou os senadores a impedirem este absurdo, aprovando as duas emendas supressivas apresentadas pelo senador Paulo Paim (PT/RS), que tornam sem efeito as alterações feitas na Câmara. A Federação entregou aos senadores um documento, assinado em conjunto com seus sindicatos, defendendo as emendas apresentadas pelo senador Paim, e onde ressalta a importância da continuidade dos investimentos da Petrobrás nos campos terrestres de produção de petróleo.

Além do coordenador da FUP, João Antônio de Moraes, que representou a Central Única dos Trabalhadores (CUT), e do diretor da Federação, José Divanilton Pereira, que também falou em nome da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), participaram da audiência pública no Senado os sindicalistas Celso Amaral de Miranda Pimenta, diretor de Seguridade Social, Aposentados e Pensionistas da Nova Central Sindical de Trabalhadore (NCST); José Augusto Filho, coordenador do Fórum Sindical dos Trabalhadores, e Moacyr Roberto Tesch Auersvald, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Turismo. A audiência foi presidida pelos senadores Paulo Paim, presidente da CASEMP, e Rosalba Ciarlini, presidente da CAS.

 

Atualizado em ( 14-Apr-2010 )

terça-feira, 13 de abril de 2010

Ampliar a bancada sindical: desafio dos trabalhadores em 2010

     Eleger parlamentares - deputados federais e estaduais e senadores - para mediar os conflitos, intermediar as demandas e criar condições para saídas negociadas para os impasses, sob pena de voltar no tempo e sem a interlocução que o movimento sindical sempre teve nos governos Lula
 
     O próximo presidente da República, independentemente de quem seja, dificilmente terá a mesma afinidade de Lula com o movimento sindical, fato que irá exigir forte representação dos trabalhadores no Parlamento para fazer a mediação entre as autoridades públicas e a classe trabalhadora e entre esta e os empresários, nos momentos de conflitos.
 
     A relação de proximidade do presidente com os movimentos sociais, em geral, e com o sindical, em particular, trouxe enormes benefícios para os trabalhadores. Além das conquistas, houve maior parcimônia do setor empresarial que, temeroso de ser chamado à atenção pelo Chefe do Poder Executivo, evitou maiores perseguições e demissões por razões político-ideológicas. Poucos quiseram correr o risco de repreensão, como ocorreu com a Vale que levou uma bronca do Presidente por demitir trabalhadores durante a crise.
 
     O presidente Lula mudou o paradigma na relação entre o Governo e o movimento sindical, substituindo uma prática autoritária por um sistema de diálogo, com a inauguração de espaços de debate e negociação, tanto no âmbito das relações de trabalho do setor privado quanto do setor público.
 
    Colocou em prática, antes mesmo da legalização das centrais, a governança participativa, com a garantia de presença da representação dos trabalhadores em todos os espaços em que temas de interesse fossem objeto de discussão ou deliberação.
 
     Nos próximos anos, mesmo que seja eleita a candidata do presidente Lula, não há garantia de fácil acesso ao poder, como existe no Governo Lula, nem tampouco a certeza de respeito empresarial e dos outros níveis de governo - estados e municípios - aos pleitos da classe trabalhadora.
 
     Por isso, é fundamental que elejamos parlamentares - deputados federais e estaduais e senadores - para mediar conflitos, intermediar demandas e criar condições para as saídas negociadas para os impasses, sob pena de voltarmos no tempo e sem a interlocução que o movimento sindical sempre teve nos governos Lula.
 
     A atual bancada, apesar de pequena, reagiu às investidas do neoliberalismo no Congresso, como a aprovação da Emenda 3, vetada pelo presidente da República, e pró-ativa na luta pelo aumento real do salário mínimo, no arquivamento do projeto de flexibilização da CLT, na defesa de aumentos reais do salário mínimo e dos aposentados, na atualização da tabela do imposto de renda, no apoio ao reajuste dos servidores e na luta pela eliminação do fator previdenciário. Mas teve seu trabalho facilitado na relação com o Governo Federal e foi pouco demandada na mediação de conflitos com o setor privado.
 
     Uma bancada do tamanho da atual, ainda que com a mesma combatividade, não dará conta dos desafios de uma conjuntura diferente da vivenciada no segundo mandato do presidente Lula. No cenário de hoje, há afinidade entre o Governo Central e o movimento sindical. Para completar, os empresários se sentem constrangidos em agredir um segmento defendido por um presidente da República popular. Qual é a garantia que esse quadro irá se repetir?
 
     Esse será o desafio do movimento sindical nas eleições de 2010. Renovar o mandato dos atuais e eleger novos aliados dos trabalhadores, preferencialmente candidatos comprometidos com a classe trabalhadora e com experiência sindical, seja para dar sustentação a um governo democrático e popular, seja para enfrentar conjunturas adversas.
 
     A Diretoria
 
 Editorial do Boletim do DIAP, março de 2010, Ano XVII, Nº 236
 
 ARTIGO COLHIDO NO SÍTIO
"http://www.diap.org.br"

A estratégia

A reprise de 2006. Agora, como farsa

por Luiz Carlos  Azenha

Em 2005 e 2006 eu era repórter especial da TV Globo. Tinha salário de executivo de multinacional. Trabalhei na cobertura da crise política envolvendo o governo Lula.

Fui a Goiânia, onde investiguei  com uma equipe da emissora o caixa dois do PT no pleito local. Obtivemos as  provas necessárias e as reportagens foram ao ar no Jornal Nacional. O assunto  morreu mais tarde, quando atingiu o Congresso e descobriu-se que as mesmas  fontes financiadoras do PT goiano também tinham irrigado os cofres de outros  partidos. Ou seja, a "crise" tornou-se inconveniente.

Mais tarde, já  em 2006, houve um pequena revolta de profissionais da Globo paulista contra a  cobertura política que atacava o PT mas poupava o PSDB. Alguns dos colegas  sairam da emissora, outros ficaram. Como resultado de um encontro interno  ficou decidido que deixaríamos de fazer uma cobertura seletiva das capas das  revistas semanais.

Funciona assim: a Globo escolhe algumas capas para  repercutir, mas esconde outras. Curiosamente e coincidentemente, as capas  repercutidas trazem ataques ao governo e ao PT. As capas "esquecidas" podem  causar embaraço ao PSDB ou ao DEM. Aquela capa da Caros Amigos sobre o filho  que Fernando Henrique Cardoso exilou na Europa, por exemplo, jamais atenderia  aos critérios de Ali Kamel, que exerce sobre os profissionais da emissora a mesma vigilância que o cardeal Ratzinger dedicava aos "insubordinados".

Aquela capa da Caros Amigos, como vimos estava  factualmente correta. O filho de FHC só foi "assumido" quando ele estava longe do poder. Já a capa da Veja sobre os dólares de Fidel Castro para a campanha de Lula mereceu cobertura no Jornal Nacional de sábado, ainda que a denúncia nunca tenha sido comprovada.

Funciona assim: aos sábados, o Jornal Nacional repercute acriticamente as capas da Veja que trazem denúncias contra o governo Lula e aliados. É o que se chama no meio de "dar pernas" a um assunto, garantir que ele continue repercutindo nos dias seguintes.

Pois bem, no episódio que já narrei aqui no blog eu fui encarregado de fazer uma reportagem sobre as ambulâncias superfaturadas compradas pelo governo quando José Serra era ministro da Saúde no governo FHC. Havia, em todo o texto, um número embaraçoso para Serra, que concorria ao governo paulista: a maioria das ambulâncias superfaturadas foi comprada quando ele era ministro.

Ainda assim, os chefes da Globo paulista garantiram que a reportagem iria ao ar. Sábado, nada. Segunda, nada. Aparentemente, alguém no Rio decidiu engavetar o assunto. E é essa a base do  que tenho denunciado continuamente neste blog: alguns escândalos valem mais que outros, algumas denúncias valem mais que outras, os recursos humanos e  técnicos da emissora — vastos, aliás — acabam mobilizados em defesa de certos interesses e para atacar outros.

Nesta campanha eleitoral já tem sido assim: a seletividade nas capas repercutidas foi retomada recentemente, quando a revista Veja fez denúncias contra o tesoureiro do PT. Um colega, ex-Globo, me encontrou e disse: "A fórmula é a mesma. Parece reprise".

Ou seja, podemos esperar mais do mesmo:

– Sob o argumento de que a emissora está concedendo "tempo igual aos candidatos", se  esconde uma armadilha, no conteúdo do que é dito ou no assunto que é  escolhido. Frequentemente, em 2006, era assim: repercutindo um assunto determinado pela chefia, a Globo ouvia três candidatos atacando o governo (Geraldo Alckmin, Heloisa Helena e Cristovam Buarque) e Lula ou um assessor defendendo. Ou seja, era um minuto e meio de ataques e 50 segundos de contraditório.

– O Bom Dia Brasil é reservado a tentar definir a agenda  do dia, com ampla liberdade aos comentaristas para trazer à tona assuntos que  em tese favoreçam um candidato em detrimento de outro.

– O Jornal da Globo se volta para alimentar a tropa, recorrendo a um grupo de  "especialistas" cuja origem torna os comentários previsíveis.

– Mensagens políticas invadem os programas de entretenimento, como quando Alexandre  Garcia foi para o sofá de Ana Maria Braga ou convidados aos quais a emissora  paga favores acabam "entrevistados" no programa do Jô.

A diferença é que, graças a ex-profissionais da Globo como Rodrigo Vianna, Marco Aurélio Mello e outros, hoje milhares de telespectadores e internautas se tornaram fiscais  dos métodos que Ali Kamel implantou no jornalismo da emissora. Ele acha que consegue enganar alguém ao distorcer, deturpar e omitir.

É mais do  mesmo, com um gostinho de repeteco no ar. A história se repete, agora com  gostinho de farsa.

Querem tirar a prova? Busquem no site do Jornal Nacional daquele período quantas capas da Veja ou da Época foram repercutidas no sábado. Copiem as capas das revistas que foram repercutidas. Confiram o  conteúdo das capas e das denúncias. Depois, me digam o que vocês encontraram.

Fonte: "http://www.viomundo.com.br/opiniao-do-blog/a-reprise-de-2006-agora-como-farsa.html"

segunda-feira, 12 de abril de 2010

O BOLSA-FAMÍLIA NA EUROPA

O BOLSA-FAMÍLIA NA EUROPA             
30 de março de 2010
Juremir Machado da Silva
Extraído do Jornal Correio do Povo

Dizem que bolsa-família é coisa de país atrasado. Concordo. Todo país europeu desenvolvido e com algum senso de responsabilidade social tem bolsa-família. Sem esse nome, claro. A Alemanha tem. A França tem. Os países escandinavos tem. Até a Inglaterra tem. Os europeus são dinossauros. Na França, o bolsa-família atende pelo nome de "aides sociales" (ajudas sociais). A França é totalmente insensível aos novos tempos. O seguro-desemprego francês pode durar até 36 meses. Depois disso, se a vida continua dura, o sujeito pode ter acesso ao RMI (renda mínima de inserção): 447 euros para uma pessoa só, 671 euros para quem tiver um filho. Quase 2 milhões 500 mil franceses recebem o RMI (nome válido até este ano). A partir dos 59 anos de idade, a pessoa pode receber o RMI sem sequer ter a obrigação de procurar trabalho. Não dá!

As famílias francesas recebem ajuda financeira conforme o número de filhos. O Estado ajuda a alugar apartamento e até a tirar férias. O sistema de saúde é universal e gratuito, inclusive os medicamentos. Que atraso! Um estudante estrangeiro em situação regular na França pode receber ajuda do Estado para ter onde morar. É muita mamata. Lembrete: o governo francês atual é, como eles dizem, de direita. Mas o Estado francês é republicano. A concepção de Estado dos europeus é muito esquisita: uma instituição para ajudar a todos e proteger os interesses da coletividade, devendo estimular a livre-iniciativa e dar condições de vida digna aos mais desfavorecidos. Agricultores recebem subsídios. Empresas ganham incentivos. A universidade é gratuita para todos os aprovados no BAC, o Enem deles. Há vagas para todos. Obviamente não há necessidade de cotas. Que loucura!

Existem instituições privadas de ensino, cujos salários dos professores são, em geral, pagos pelo Estado, pois se trata de um serviço de utilidade pública. Aí os nossos liberais adoram dizer: "E por isso que a França está quebrada". Tive a impressão de que a crise mundial mostrou os Estados Unidos mais quebrados do que a França. Os mesmos liberais contradizem-se e afirmam: "A França é rica e pode se dar esse luxo..." É rica ou está quebrada? Quase 30% do PIB francês é distribuído em ajudas sociais. O modelo francês enfurece os capitalistas tupiniquins, leitores de revistas como a Veja, cujas páginas pingam ideologia. Visto que dá mau exemplo de proteção social, o Estado francês é chamado de anacrônico, ultrapassado, assistencialista e outros termos do mesmo quilate usados na guerra midiática. Está certo. Moderno é ajudar a turma dos camarotes e mandar a plebe se virar. Acontece que a plebe do Primeiro Mundo não aceita esse tipo de modernidade tão avançada. É plebe rude. Se precisa, quebra tudo, mas não cede. Os ruralistas de lá são mestres em incendiar prefeituras quando falam em cortar-lhes os subsídios estatais. Nas cidades, a turma adora queimar uns carros para fazer valer seus direitos. Na Europa, pelo jeito, não se melhora o Estado piorando a sociedade. A França tem muito a aprender com o Brasil. Somos arcaicamente modernos. Numa pesquisa recente, a França tem a melhor qualidade de vida da Europa. Nada, claro, que possa nos superar.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

SISTEMA DE COTAS: A VITÓRIA E O MÉRITO REAL DA JUSTIÇA SOCIAL


São Paulo, domingo, 07 de março de 2010 http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/images/brasil.gif
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/images/brabar.gif

ELIO GASPARI
     A TEORIA NEGREIRA DO DEM SAIU DO ARMÁRIO

     O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) é uma espécie de líder parlamentar da oposição às cotas para estimular a entrada de negros nas universidades públicas. O principal argumento contra essa iniciativa contesta sua legalidade, e o caso está no Supremo Tribunal Federal, onde realizaram-se audiências públicas destinadas a enriquecer o debate.
     Na quarta-feira o senador Demóstenes foi ao STF, argumentou contra as cotas e disse o seguinte:
     "[Fala-se que] as negras foram estupradas no Brasil. [Fala-se que] a miscigenação deu-se no Brasil pelo estupro. Gilberto Freyre, que hoje é renegado, mostra que isso se deu de forma muito mais consensual".
     O senador precisa definir o que vem a ser "forma muito mais consensual" numa relação sexual entre um homem e uma mulher que, pela lei, podia ser açoitada, vendida e até mesmo separada dos filhos.
     Gilberto Freyre escreveu o seguinte:
     "Não há escravidão sem depravação sexual. É da essência mesma do regime".
     "O que a negra da senzala fez foi facilitar a depravação com a sua docilidade de escrava: abrindo as pernas ao primeiro desejo do sinhô-moço. Desejo, não: ordem."
     "Não eram as negras que iam esfregar-se pelas pernas dos adolescentes louros: estes é que no sul dos Estados Unidos, como nos engenhos de cana do Brasil, os filhos dos senhores, criavam-se desde pequenos para garanhões. (...) Imagine-se um país com os meninos armados de faca de ponta! Pois foi assim o Brasil do tempo da escravidão."
     Demóstenes Torres disse mais:
     "Todos nós sabemos que a África subsaariana forneceu escravos para o mundo antigo, para o mundo islâmico, para a Europa e para a América. Lamentavelmente. Não deveriam ter chegado aqui na condição de escravos. Mas chegaram. (...) Até o princípio do século 20, o escravo era o principal item de exportação da economia africana".
     Nós, quem, cara-pálida? Ao longo de três séculos, algo entre 9 milhões e 12 milhões de africanos foram tirados de suas terras e trazidos para a América. O tráfico negreiro foi um empreendimento das metrópoles europeias e de suas colônias americanas. Se a instituição fosse africana, os filhos brasileiros dos escravos seriam trabalhadores livres.
     No início do século 20 os escravos não eram o principal "item de exportação da economia africana". Àquela altura o tráfico tornara-se economicamente irrelevante. Ademais, não existia "economia africana", pois o continente fora partilhado pelas potências europeias. Demóstenes Torres estudou história com o professor de contabilidade de seu ex-correligionário José Roberto Arruda.
     O senador exibiu um pedaço do nível intelectual mobilizado no combate às cotas.


terça-feira, 6 de abril de 2010

PIG

Jorge Furtado: a antiga imprensa, enfim, assume partido

Finalmente a antiga imprensa brasileira assumiu que virou um partido político. O anúncio foi feito pela presidente da Associação Nacional dos Jornais e executiva da Folha de S.Paulo, Maria Judith Brito: "Obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposiciobista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada". A presidente da associação/partido não questiona a moralidade de seus filiados assumirem a "posição oposicionista deste país" enquanto, aos seus leitores, alegam praticar jornalismo. O artigo é de Jorge Furtado

Artigo publicado no blog de Jorge Furtado/Casa de Cinema de Porto Alegre

Quem estava prestando atenção já percebeu faz tempo: a antiga imprensa brasileira virou um partido político, incorporando as sessões paulistas do PSDB (Serra) e do PMDB (Quércia), e o DEM (ex-PFL, ex-Arena).

A boa novidade é que finalmente eles admitiram ser o que são, através das palavras sinceras de Maria Judith Brito, presidente da Associação Nacional dos Jornais e executiva do jornal Folha de S. Paulo, em declaração ao jornal O Globo:

"Obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada."

A presidente da Associação Nacional dos Jornais constata, como ela mesma assinala, o óbvio: seus associados "estão fazendo de fato a posição oposicionista (sic) deste país". Por que agem assim? Porque "a oposição está profundamente fragilizada".

A presidente da associação/partido não esclarece porque a oposição "deste país" estaria "profundamente fragilizada", apesar de ter, como ela mesma reconhece, o irrestrito apoio dos seus associados (os jornais).

A presidente da associação/partido não questiona a moralidade de seus filiados assumirem a "posição oposicionista deste país" enquanto, aos seus leitores, alegam praticar jornalismo. Também não questiona o fato de serem a oposição ao governo "deste país" mas não aos governos do seu estado (São Paulo).

Propriedades privadas, gozando de muitas isenções de impostos para que possam melhor prestar um serviço público fundamental, o de informar a sociedade com a liberdade e o equilíbrio que o bom jornalismo exige, os jornais proclamam-se um partido, isto é, uma "organização social que se fundamenta numa concepção política ou em interesses políticos e sociais comuns e que se propõe alcançar o poder".

O partido da imprensa se propõe a alcançar o poder com o seu candidato, José Serra. Trata-se, na verdade, de uma retomada: Serra, FHC e seu partido, a imprensa, estiveram no poder por oito anos. Deixaram o governo com desemprego, juros, dívida pública, inflação e carga tributária em alta, crescimento econômico pífio e índices muito baixos de aprovação popular. No governo do partido da imprensa, a criminosa desigualdade social brasileira permaneceu inalterada e os índices de criminalidade (homicídios) tiveram forte crescimento,

O partido da imprensa assumiu a "posição oposicionista" a um governo que hoje conta com enorme aprovação popular. A comparação de desempenho entre os governos do Partido dos Trabalhadores (Lula, Dilma) e do partido da imprensa (FHC, Serra), é extraordinariamente favorável ao primeiro: não há um único índice social ou econômico em que o governo Lula (Dilma) não seja muito superior ao governo FHC (Serra), a lista desta comparação chega a ser enfadonha
Serra é, portanto, o candidato do partido da imprensa, que reúne os interesses da direita brasileira e faz oposição ao governo Lula. Dilma é a candidata da situação, da esquerda, representando vários partidos, defendendo a continuidade do governo Lula.

Agora que tudo ficou bem claro, você pode continuar (ou não) lendo seu jornal, sabendo que ele trabalha explicitamente a favor de uma candidatura e de um partido que, como todo partido, almeja o poder.

X

Annita Dunn, diretora de Comunicações da Casa Branca, à rede de televisão CNN e aos repórteres do The New York Times:

"A rede Fox News opera, praticamente, ou como o setor de pesquisas ou como o setor de comunicações do Partido Republicano" (...) "não precisamos fingir que [a Fox] seria empresa comercial de comunicações do mesmo tipo que a CNN. A rede Fox está em guerra contra Barack Obama e a Casa Branca, [e] não precisamos fingir que o modo como essa organização trabalha seria o modo que dá legitimidade ao trabalho jornalístico. Quando o presidente [Barack Obama] fala à Fox, já sabe que não falará à imprensa, propriamente dita. O presidente já sabe que estará como num debate com o partido da oposição."

sábado, 3 de abril de 2010

Pesquisa 0304

Sábado, 3 de abril de 2010 - 19h42      

Vox Populi: Serra lidera e Dilma volta a crescer

Da redação

brasil@band.com.br

Pesquisa divulgada neste sábado pelo instituto Vox Populi mostra que o pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, se mantém na liderança. Dilma Rousseff, do PT, volta a crescer e reduziu a diferença para apenas três pontos percentuais.

O ex-governador de São Paulo aparece com 34 por cento das intenções de voto, mesmo percentual de janeiro. A ex-ministra da Casa Civil Dilma Roussef, do PT, subiu quatro pontos percentuais e segue na segunda posição, com 31%. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Ciro Gomes, do PSB, vem em terceiro lugar, com 10%. Marina Silva, do PV, está em quarto lugar com 5% das intenções de voto. Votos nulos e brancos somam 7%, enquanto 13% dos entrevistados não souberam ou não quiseram responder.

Sem Ciro

Em um cenário sem Ciro Gomes, Serra aparece com 38%. Dilma vem a seguir, com 33% e é seguida por Marina Silva, com 7% das intenções. Brancos e nulos contabilizam 7%, enquanto os que não quiseram ou não souberam responder somam 15%.


Redação: Fábio Mendes

Conversa Afiada




Esse é o Brasil que o presidente Lula representa e simboliza.

O Brasil que desempenha, por exemplo, "papel decisivo para a solução da Conferência do Meio Ambiente de Copenhague".

O Brasil que se destaca no Grupo dos 20, que ajudou a transformar numa arena de decisões mais relevante do que o falecido G7.

Esse é o Brasil que dá a plataforma política para o presidente Lula, em Davos, receber o título de "Estadista Global".

Nenhum chefe de Estado seria "o cara" se tivesse quebrado três vezes, e fosse de pires na mão ao FMI.

Essa é a diferença.

O Brasil de FHC não tinha lastro.

Não tinha em que se apoiar.

Era uma economia quebrada.

O Brasil que se festeja hoje e do qual o Presidente Lula se tornou o melhor símbolo é um Brasil próspero – e grande.

Ninguém é potência de si mesmo.

Ninguém se outorga o título de "estadista".

Tem que haver uma plataforma de lançamento por baixo.

E, hoje, "o maior do mundo" é uma expressão que muitos brasileiros podem usar sem cabotinismo.

É o caso do Binho da Cosan e o Junior do Friboi.

A Província se debate, enquanto isso.

O colonista (**) Clovis Rossi, que ocupa o alto da segunda página da Folha (***), e passou a vida nos conclaves internacionais a testemunhar a irrelevância do Brasil – e a celebrá-la – , não aceita que o Brasil mudou.

O mau humor do colonista (**) se acentua cada vez que ele cruza o Equador e esbarra com Lula lá em cima.

Ele está uma fera, porque o Lula, em Davos, disse que é preciso reinventar o mundo.

Claro que é.

Reinventar as instituições – como o FMI e a ONU –, que refletem o mundo de 1945.

O mundo de 2010 é outro.

Nesse, o Brasil também manda.

Para desespero do Clovis Rossi e dos editorialistas do Estadão, que se imaginam Metropolitanos e não passam de Provinciais.

Num editorial de hoje, o Estadão, na pág. 3 http://www.estadao.com.br/noticias/geral,o-reinventor-do-mundo,504966,0.htm acusa Lula de "megalomania" e "soberba", em Davos.

Davos vai tomar de Lula o título de volta.

Eles lerão esse editorial do Estadão – como fazem religiosamente todos os dias – e se arrependerão amargamente.

Vão transferir o título ao Farol de Alexandria, o iluminado.

Paulo Henrique Amorim

(*) A modernização da seção de Economia e Negócios do Estadão prova que o "seu Frias" estava certo: na cidade de São Paulo só cabe um jornal …

(**)Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (****) que combatem na milícia para derrubar o presidente Lula. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.

(***) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da "ditabranda"; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de "bom caráter", porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que avacalha o Presidente Lula por causa de um comercial de TV; que publica artigo sórdido de ex-militante do PT; e que é o que é, porque o dono é o que é ; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(****)Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista