sábado, 3 de abril de 2010

Conversa Afiada




Esse é o Brasil que o presidente Lula representa e simboliza.

O Brasil que desempenha, por exemplo, "papel decisivo para a solução da Conferência do Meio Ambiente de Copenhague".

O Brasil que se destaca no Grupo dos 20, que ajudou a transformar numa arena de decisões mais relevante do que o falecido G7.

Esse é o Brasil que dá a plataforma política para o presidente Lula, em Davos, receber o título de "Estadista Global".

Nenhum chefe de Estado seria "o cara" se tivesse quebrado três vezes, e fosse de pires na mão ao FMI.

Essa é a diferença.

O Brasil de FHC não tinha lastro.

Não tinha em que se apoiar.

Era uma economia quebrada.

O Brasil que se festeja hoje e do qual o Presidente Lula se tornou o melhor símbolo é um Brasil próspero – e grande.

Ninguém é potência de si mesmo.

Ninguém se outorga o título de "estadista".

Tem que haver uma plataforma de lançamento por baixo.

E, hoje, "o maior do mundo" é uma expressão que muitos brasileiros podem usar sem cabotinismo.

É o caso do Binho da Cosan e o Junior do Friboi.

A Província se debate, enquanto isso.

O colonista (**) Clovis Rossi, que ocupa o alto da segunda página da Folha (***), e passou a vida nos conclaves internacionais a testemunhar a irrelevância do Brasil – e a celebrá-la – , não aceita que o Brasil mudou.

O mau humor do colonista (**) se acentua cada vez que ele cruza o Equador e esbarra com Lula lá em cima.

Ele está uma fera, porque o Lula, em Davos, disse que é preciso reinventar o mundo.

Claro que é.

Reinventar as instituições – como o FMI e a ONU –, que refletem o mundo de 1945.

O mundo de 2010 é outro.

Nesse, o Brasil também manda.

Para desespero do Clovis Rossi e dos editorialistas do Estadão, que se imaginam Metropolitanos e não passam de Provinciais.

Num editorial de hoje, o Estadão, na pág. 3 http://www.estadao.com.br/noticias/geral,o-reinventor-do-mundo,504966,0.htm acusa Lula de "megalomania" e "soberba", em Davos.

Davos vai tomar de Lula o título de volta.

Eles lerão esse editorial do Estadão – como fazem religiosamente todos os dias – e se arrependerão amargamente.

Vão transferir o título ao Farol de Alexandria, o iluminado.

Paulo Henrique Amorim

(*) A modernização da seção de Economia e Negócios do Estadão prova que o "seu Frias" estava certo: na cidade de São Paulo só cabe um jornal …

(**)Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (****) que combatem na milícia para derrubar o presidente Lula. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.

(***) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da "ditabranda"; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de "bom caráter", porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que avacalha o Presidente Lula por causa de um comercial de TV; que publica artigo sórdido de ex-militante do PT; e que é o que é, porque o dono é o que é ; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(****)Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista

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